Monoblocos de Recife – parte 04
Monoblocos de Recife – parte 03
Monoblocos de Recife – Parte 02
Monoblocos de Recife – parte 01
Borborema 860
Antes e depois: Globo 099
Olá, amigos!!!
Depois de um pequeno probleminha que me deixou sem computador por uns dias, retomo com uma sequência de posts para eixar a galera mais animada. Hoje, temos o Comil Svelto Scania que rodou por vários anos pela Transportadora Globo.
Ele teve dois padrões de pintura: inicialmente, com o padrão SEI Perimetral e com o padrão da empresa.
Até a próxima!!!
Antes e depois: Nápoles/Cidade Alta 116
Bem, a série antes e depois de hoje terá os desenhos de um ônibus que marcou, muitas pessoas. O chassi, Scania, arrancava suspiros de admiração de apaixonados por ônibus, embora desse muita dor de cabeça para os mecânicos da empresa.
O modelo do chassi era o L-113 CL ano 1991, de motorização traseira que pertenceu as empresas Nápoles e terminou sua vida no sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife.
Quando o veículo pertenceu a Nápoles, foi encarroçado em uma carroceria Thamco Scorpion:
Após a divisão da Nápoles com a Cidade Alta, empresa que absorveu grande parte dos veículos, ele foi repassado para a nova empresa que, em caráter emergencial, apenas pintou o nome, sem logotipo algum.
A terceira versão dessa carroceria era a pintura com o padrão da nova empresa:
Porém, em 2000, a Cidade Alta reencarroçou o chassi em uma carroceria Comil Svelto:
Os trólebus em Recife – Parte final
Bem, chegamos ao final dessa série que nem eu imaginava que seria tão longa.
No final dos anos 1980, Joaquim francisco era o Prefeito da capital pernambucana. Para deixar sua marca na cidade, comprou vários ônibus Thamco Águia/Mercedes-Benz e promoveu a reforma de alguns trólebus Marmon.
Esses trólebus de cor predominante amarela, chamavam a atenção por onde passavam.
Figuras 01 e 02: Exemplo de trólebus Marmon-Herrington com o Padrão da CTU no governo de Joaquim Francisco.Relativamente poucos foram pintados nessa cor, visto que a CTU, visava a renovação de sua frota diesel. Quando Joaquim Francisco renunciou ao mandato de prefeito para logo depois assumir como Governador de Pernambuco, a renovação de frota ficou a cargo de seu vice, Gilberto Marques Paulo, que, numa tentativa de colocar sua marca na estatal, voltou a pintura azul, como estatuto, impedindo que as cores mudassem novamente.
Em 1994, utilizando o corredor da PE-015, ligando o terminal de mesmo nome até o centro do Recife, a linha 900 – PE-15 (Parador) foi a primeira linha de trólebus a operar no SEI (Sistema Estrutural Integrado), seguida no ano de 1996 pela linha 641 – Av. Norte (Macaxeira), devido a inauguração do terminal do mesmo nome.
Figuras 03 a 06: algumas pinturas dos trólebus durante as gestões de Gilberto Marques Paulo, Jarbas Vasconcelos (2ª gestão) e Roberto Magalhães
Em 2000, a CTU foi privatizada, tendo suas linhas e veículos (incluindo os trólebus) concedidos à CRT (Cidade do Recife Transportes), tendo como principal cláusula a manutenção dos trólebus. Para diminuir a idade média da frota de trólebus, em caráter emergencial, a empresa adquire 18 trólebus usados, oriundos do recém extinto sistema da cidade de Ribeirão Preto (SP). Dez destes veículos foram reformados e postos em operação.
Figuras 07 e 08: Trólebus Caio Amélia/Scania/Villares oriundo do sistema de trólebus de Ribeirão Preto.No ano de 2001 restavam 31 trólebus em circulação, divididos nas únicas linhas do sistema, sendo as da Macaxeira e da Caxangá tendo seus trólebus por veículos diesel. A única linha de trólebus era a 900 – PE-15 (Parador), com 16 veículos, sendo 10 Caio/Scania/Villares 6 trólebus Marmon Herrington.
Figura 09: Modelo usado pela Metra (SP) que deveria ter substituído os trólebus de Recife.
Apesar do contrato prever a continuidade da operação dos trólebus, assim como a compra de novos veículos – semelhantes aos “Busscar” operados pela Metra (SP), o sistema foi desativado no final de 2001.
Os trólebus em Recife – Parte 03
Continuando a série dos trólebus recifenses, chegamos ao ano de 1969. No post anterior foi mostrado que chegaram ônibus oriundos do então extinto sistema de trólebus de Belo Horizonte. Eram 50 trólebus Marmon-Herrington (de numeração 086 a 135), com as mesmas características dos que existiam na capital pernambucana e quatro trólebus monobloco Massari/Villares, já mostrado em desenho anteriormente que possuíam numeração de 136 a 139.
A rede de trólebus estava no auge de sua expansão, chegando a ter mais de 100 km de rede elétrica instalada na capital. Nestes quase dez anos a CTU ampliou sua frota para 140 veículos distribuídos em 18 linhas.
Porem, já a partir de 1970, o modal trólebus, por não acompanhar o crescimento da cidade, foi perdendo força para o ônibus diesel. Isso tudo, somado a dificuldade de manutenção da frota, em sua maioria composta de veículos estrangeiros (numa época em que as importações estavam suspensas no país), ocasionou duas situações: o sucateamento precoce que causava diminuição na vida útil dos veículos e o consequente “canibalismo” em que trólebus eram depenados para conserto de outros. A rede elétrica em estado de quase abandono, foi reduzida a menos de 60 km com apenas sete linhas e a frota de trólebus reduzida a cerca de 50 veículos em condições de operação.
Figuras 01 e 02: Trólebus ex-Belo Horizonte após reforma no ano de 1980Em 1980, foi realizado um programa de revitalização, quando toda a rede elétrica foi desmontada para que fosse permitida a completa reconstituição em apenas dois corredores radiais principais: Macaxeira, que tinha a Av. Norte como principal via e Av. Caxangá, lugar onde os trólebus teriam inclusive uma faixa exclusiva para circulação. Foram reformados e, em alguns casos renumerados, 47 trólebus, colocados novos chassis Scania e houve uma renovação de toda a parte elétrica.
Figuras 03 e 04: Trólebus reformado em 1981, com o padrão da EBTU e chassi Scania. Figuras 05 a 08: Pinturas dos trólebus durante os anos 1980.No ano de 1981, foram adquiridos 12 novos trólebus modelo Ciferal/Scania/Tectronic. Embora muita gente diga que não passaram de três veículos. Sem dúvida eram veículos muito bonitos, confortáveis, ágeis, silenciosos, espaçosos, boa ventilação, boa luminosidade, um trólebus de primeiro mundo se não fosse a frágil carroceria e alavancas (bananas/ lanças) que caíam com freqüência e chacoalhavam muito a rede, as portas nunca se fechavam por completo, nos tempos finais de sua vida, metade dos anos 90, quebravam diariamente, por isso no ano de 1994 foram desativados, embora muita gente também diga que eles foram embora antes desse ano.
Figuras 09 e 10: Trólebus Ciferal Amazonas Scania/Tectronics.Após a saída dos Ciferal, a CTU renumerou alguns trólebus Marmon e no ano de 1991, foi finalmente inaugurada a ligação entre Recife e Olinda, com uma linha convencional e a previsão de uma linha expressa, que infelizmente nunca saiu do papel.
Amanhã continuarei com a fase final do sistema de trólebus em Recife: o declínio e o fim.
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